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Depressão

Depressão - O que é?
Depressão - Que tipos existem?
Depressão - Quais os principais sinais e sintomas?
Depressão - Quais as possíveis causas e fatores de risco?
Depressão - Pode estar associada a outras perturbações?
Depressão - Qual a prevalência e mortalidade?
Depressão - Como pode a psicoterapia ajudar?
Depressão - Referências
Depressão - O que é?

O que é?

A Depressão é uma Perturbação do Humor caracterizada por uma tristeza desadaptada, intensa, prolongada, e pela perda de prazer e interesse. É possível que se manifeste através de irritabilidade e sintomas físicos sem causa médica aparente. Ao contrário da tristeza enquanto reação adaptada à adversidade, a Depressão pode comprometer a capacidade de funcionar em diversas áreas da vida. Sem intervenção, os sintomas depressivos podem escalar até doenças psicossomáticas, sintomas psicóticos, impulsos suicidas e prolongar-se durante semanas, meses ou até anos.

Depressão - Que tipos existem?

Que tipos existem?

A expressão clássica da Depressão corresponde à Perturbação Depressiva Major (sintomas descritos abaixo), mas existem diversas formas desta doença, em função das suas características e causas:

Perturbação Depressiva Persistente: Estende-se pelo menos por 2 anos em adultos e 1 ano em crianças.

Perturbação Disfórica Pré-menstrual: Inicia-se após a ovulação e remite alguns dias após a menstruação.

Distimia: Estado de humor depressivo que pode ter um percurso discreto durante anos ou décadas e ser acompanhado de forma irregular por episódios depressivos major.

Perturbação Depressiva induzida por medicação / substância / condição médica: Sintomas depressivos associados a intoxicação por substância, abstinência, tratamento médico ou como consequência fisiológica de outra condição médica.

Perturbação da Desregulação do Humor Disruptivo: Expressa-se em crianças e jovens entre os 6 e os 18 anos (consultar na secção “Depressão Infantojuvenil).

Depressão - Quais os principais sinais e sintomas?

Quais os principais sinais e sintomas?

Os principais sintomas de um Episódio Depressivo Major caracterizam-se por um estado de humor depressivo observado pelo próprio (a pessoa pode sentir-se triste, vazia ou sem esperança) ou por outros (podem notar maior irritabilidade ou facilidade do choro); e a perda de interesse ou prazer na maior parte das atividades. Estes sintomas podem ser acompanhados por outros sinais, incluindo:

  • Alterações no peso ou apetite, não associadas a dieta alimentar;
  • Insónia (dificuldade em adormecer, acordar durante a noite ou acordar cedo de mais) ou hipersónia (necessidade de períodos de sono muito longos);
  • Agitação ou lentificação psicomotora;
  • Fadiga ou perda de energia;
  • Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou até delirante;
  • Dificuldades de concentração, memória e tomada de decisões;
  • Pensamentos recorrentes sobre a morte, sobre suicídio, elaboração de planos específicos de suicídio, ou, nos casos mais graves, tentativa de suicídio.

Podemos estar na presença de um episódio depressivo quando estes sintomas se manifestam durante duas semanas consecutivas, durante a maior parte do tempo. As consequências podem variar - ao passo que alguns indivíduos deprimidos, ainda que com esforço acrescido, podem manter um funcionamento quase normal, outros podem ver-se incapacitados para trabalhar e cuidar de si.

Depressão - Quais as possíveis causas e fatores de risco?

Quais as possíveis causas e fatores de risco?

Fatores biológicos

  • Função neuroquímica: Baixa Dopamina e Serotonina e desregulação na Adrenalina e Noradrenalina.
  • Função hormonal: Alterações ao nível do Estrogénio (estimula produção da Serotonina); Testosterona (impacta a líbido e a vitalidade física e psicológica);Progesterona (regula o Estrogénio); Cortisol (ligada ao stress); Hipotiroidismo.
  • Doenças físicas: Epilepsia; AVC; Doença de Parkinson; Esclerose múltipla; Doenças cerebrais degenerativas, entre outras.
  • Genética: Pode explicar até metade da etiologia, sendo a Depressão mais comum em familiares em primeiro grau de pacientes depressivos.

Fatores ambientais

  • Trauma;
  • Abuso físico, psicológico e/ou sexual;
  • Perdas de vários tipos (relacionais, profissionais, etc.);
  • Mudanças repentinas no contexto de vida;
  • Consumo de substâncias;
  • Isolamento social;
  • Contextos familiares disfuncionais;
  • Baixo estatuto socioeconómico e/ou educação formal limitada;
  • Racismo e outras formas de discriminação.
Depressão - Pode estar associada a outras perturbações?

Pode estar associada a outras perturbações?

Indivíduos com estados depressivos crónicos têm maior probabilidade de apresentar perturbações de ansiedade (Perturbação de Pânico, Perturbação de Ansiedade Generalizada), Perturbação Obsessivo-Compulsiva, Perturbação Bipolar, Perturbação Pós-Stress Traumático, perturbações alimentares e de autoimagem, abuso de substâncias ou perturbações de personalidade, nomeadamente Perturbação de Personalidade Borderline.

Depressão - Qual a prevalência e mortalidade?

Qual a prevalência e mortalidade?

Dados estatísticos demonstram que a Depressão constitui o problema de saúde com maior prevalência na União Europeia, sendo Portugal o 5º país com maior prevalência da UE e o 7º do mundo.

Dois terços das pessoas que se suicidam sofrem de Depressão na altura da sua morte. Estima-se que mais de 700.000 pessoas se suicidam a cada ano, equivalendo a uma pessoa a cada 40 segundos. Estima-se que apenas em Portugal todos os dias se suicidam mais de 3 pessoas, sendo que é possível que este número seja ainda mais elevado.

Depressão - Como pode a psicoterapia ajudar?

Como pode a psicoterapia ajudar?

Antes de mais, procurar ajuda não significa que seja fraco ou incapaz. Não tenha vergonha de pedir ajuda. A Depressão é um problema internacional de saúde pública que pode matar e quanto mais cedo procurar ajuda, mais fácil será a recuperação.

A Psicoterapia, no contexto de uma relação terapêutica segura, pode ajudar através de um trabalho aprofundado ao nível das emoções, pensamentos e comportamentos, promovendo a recuperação e a mudança. O efeito da psicoterapia na Depressão pode ser tão ou mais eficaz que o tratamento farmacológico, sobretudo a longo prazo. Pode também potenciar o efeito da medicação, prevenindo recaídas. Está cientificamente provada a eficácia da psicoterapia (individual, conjugal ou familiar) através de diferentes abordagens psicoterapêuticas:

  • Terapia Cognitivo-comportamental (CBT);
  • Terapia Focada nas Emoções (EFT);
  • Terapia Existencial;
  • Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares (EMDR);
  • Mindfulness.
Depressão - Referências

Referências

American Psychiatric Association. (2022). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed., text rev.). American Psychiatric Association. Coimbra de Matos, A. (2001). A Depressão. Lisboa: Climepsi.

Cuijpers, P., Quero, S., Noma, H., Ciharova, M., Miguel, C., Karyotaki, E., Cipriani, A., Cristea, I. A., & Furukawa, T. A. (2021). Psychotherapies for depression: A network meta-analysis covering efficacy, acceptability and long-term outcomes of all main treatment types. World Psychiatry, 20(2).

http://www.eaad.net/
https://www.sppsm.org/
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/suicide

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