Ao melhor Pai do Mundo
Blog escrito pelos psicólogos da Psinove. Exploramos temas relacionados com a psicologia e psicoterapia, desafios e reflexões do dia-a-dia.
"Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho."
William Shakespeare
Eles estão lá. Mesmo quando não estão. Ensinam-nos, guiam-nos, protegem-nos. São ainda mais fortes quando expressam o quanto frágeis são. São os nossos heróis!
Desde cedo que o nosso pai era o melhor da escola, para nós crianças. Era mais forte, era mais bonito e tinha capacidades incríveis! E por muito que os nossos colegas também dissessem o mesmo, vínhamos sempre para casa com a mesma vontade de o ver, de brincar com ele, de o abraçar. Ele mostra-nos por que roda o nosso carrinho, porque são tão bonitos os cabelos da nossa boneca, porque é preciso ligar a consola de jogos à corrente para podermos jogar. E se estragarmos o nosso brinquedo, vamos a correr ter com o nosso herói. Ele fará um milagre certamente!
Mas para isso acontecer é preciso estar, dar tempo ao nosso filho ou filha, dar tempo a sermos pais. A sentirmos de forma plena que o somos. Qualquer relação precisa disso, guarde todos os dias uma parte do seu dia. E viva-a.
Ser-se pai é uma grande responsabilidade. Uma magia indescritível quando temos nos nossos braços aquele bebé tão frágil, tão inocente, tão eterno. Diria mesmo, um papel que é sentido com um grande sentido de missão. De entre vários que assume com grande determinação e resiliência. Aconteça o que acontecer, tudo faremos para que os nossos filhos estejam bem. E fiquem bem. Na verdade, o tempo realça, ainda mais, a verdadeira dimensão que um pai pode ter na pessoa que somos. À medida que crescemos, amadurecemos, até quando nos tornamos pais. E nos lembramos dos seus ensinamentos. Mais tarde ou mais cedo, é isso que acontece.
As regras, os limites, a disciplina necessária, a capacidade de tomar decisões são apenas uma muito pequena parte do que é ser pai. Ele tem um papel fundamental na preparação da chegada da criança, na gravidez, no nascimento e no crescimento. Um pai deve ser sempre incluído: mesmo nas tarefas que a mãe julga que ele não tem capacidade ou interesse!
Lembre-se, um pai está lá e estará sempre. Mesmo quando não está.
Nem todos temos ou tivemos pais que nos fizeram bem. Ter-se um pai ausente desconhecido, violento ou negligente dói muito. É verdade. Sentimo-nos mais pequenos, com menos valor. Mas o bonito das relações é que, mais do que qualquer papel instituído, o que importa é a ligação emocional que se estabelece. Precisamos de modelos masculinos, uma referência do que é ser-se homem, do que é ser-se pai. Hoje também é dia de estarmos e lembrarmos os nossos pais, esses pais. Ainda bem que os conhecemos. E nos deixámos amar por eles.
Se o nosso pai morreu e não está cá, ele está cá connosco. Mesmo não estando, estará sempre. E o seu legado vive em nós: somos também muito de quem ele foi e isso é sublime. Lembre-se dele neste dia, fale com ele, escreva-lhe. Deixe-o orgulhoso de si, dentro de si...
Os pais sorriem, choram, correm, dão o melhor de si e podem ser super-heróis. A evolução dos tempos tem levado a que tenham um papel cada vez mais ativo e afetivo nas suas famílias. Aos pais que somos, aos pais que temos, aos pais que tivemos, aos pais que seremos: um grande abraço e um fantástico Dia do Pai!
